O ato “Congresso Inimigo do Povo”, realizado por movimentos sociais, centrais sindicais e políticos de esquerda, nesta quinta-feira (10), na Avenida Paulista, em São Paulo, levou mais gente do que a manifestação “Justiça Já”, pregando anistia para os condenados pelas manifestações golpistas de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com aferição do Monitor do Debate Político (MDP), do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), o ato da esquerda atraiu cerca de 15.100 mil pessoas no horário de pico da manifestação, às 19h30.
Já a última manifestação da direita, ocorrida no dia 29 de junho, reuniu 12.400 mil pessoas, de acordo com o mesmo cálculo. Segundo o relatório do Monitor, foi a primeira vez, em um período próximo, que uma manifestação da esquerda superou um ato da direita. Em parceria com a ONG More in Common, a contagem do público é feita com a ajuda de software, com base em fotos aéreas tiradas por drones.
O protesto de ontem à noite também foi marcado pelas críticas à taxação anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre as exportações brasileiras, pelo pedido de aumento na cobrança de impostos para parcelas mais ricas da população e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Após conseguir pautar as redes sociais com um discurso por “justiça tributária”, os movimentos convocaram o ato para pedir a taxação de bilionários, bancos e bets, grupo batizado de BBB. O protesto é organizado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, além do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

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