De acordo com o censo escolar realizado pelo Ministério da Educação, nos últimos 10 anos, o número de alunos matriculados na rede estadual de ensino em Minas Gerais diminuiu 23,38%.
A quantidade de estudantes no ensino regular, que engloba o fundamental e médio, caiu de aproximadamente 1,9 milhão, em 2014, para cerca de 1,4 milhão em 2023 — uma redução de quase 500 mil matrículas, quantidade maior do que a população de 99,5% dos municípios mineiros. Apenas quatro cidades em Minas têm população superior a esse número: Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem e Juiz de Fora.
Ainda segundo o Censo Escolar, a rede estadual foi a única que teve redução no número de alunos no ensino regular durante a última década.
Nas unidades de ensino federais que funcionam em Minas Gerais, a quantidade de matrículas subiu de 19.989 para 30.482, um aumento de 52%. A rede privada do Estado também ganhou mais estudantes, crescendo de 603 mil para 639 mil (5,89%). O mesmo se repetiu na rede municipal — considerando os números dos 853 municípios mineiros —, que aumentou de 1,6 milhão para 1,7 milhão (4,84%).
Incentivos
Em março, o Ministério da Educação, lançou o programa do governo federal Pé-de-Meia, uma espécie de poupança do ensino médio. A iniciativa prevê o pagamento de incentivos anuais de até R$ 3.000 por aluno.
Ao final da etapa, nos três anos do curso médio, o valor pode atingir R$ 9.200. O programa, disponível para estudantes de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), foi lançado com o objetivo e assegurar a permanência dos alunos na escola e a conclusão dessa etapa do ensino.
Segundo dados do IBGE, cerca de 9 milhões de estudantes não conseguiram terminar o Ensino Médio no Brasil, em 2023. Os dados apontam que 41,7% desses alunos abandonaram os estudos porque precisam trabalhar.
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