O escândalo do Mensalão, que completou 20 anos em 2025 (na sexta-feira, dia 6), revelou um esquema de compra de apoio parlamentar durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Partidos que antes faziam parte da base aliada do governo petista, como PL, PP e Republicanos, hoje se posicionam como oposição. Além deles, líderes como Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto desempenharam papéis centrais nesse contexto.
Em 2005, Roberto Jefferson, então presidente do PTB, denunciou o esquema de mensalão, acusando o PT de pagar parlamentares para obter apoio no Congresso. A denúncia levou à cassação de seu mandato e à condenação (cinco anos e três meses de prisão) por corrupção passiva.
Valdemar Costa Neto também foi implicado no Mensalão, sendo condenado (sete anos e 10 meses de prisão) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Após renunciar ao mandato em 2005, Costa Neto se afastou do PT e, posteriormente, se aproximou de Jair Bolsonaro. Atualmente, é presidente do PL, que é um dos principais partidos de oposição ao governo Lula e que tem em Bolsonaro seu principal nome.
BASE ALIADA
Partidos políticos que hoje se colocam, seja formalmente ou através do posicionamento de seus parlamentares, como opositores no terceiro mandato de Lula na presidência, também eram da base aliada do petista na eclosão do escândalo.
O Partido Liberal, anteriormente conhecido como Partido da República (PR), foi um aliado importante do governo Lula. Após o escândalo do mensalão e a condenação de Valdemar Costa Neto, o partido se afastou do PT. Atualmente, o PL é um dos principais partidos de oposição ao governo Lula.
O Partido Progressista (PP), ex-PPB e descendente direto da Arena (Aliança Renovadora Nacional), partido que deu sustentação ao regime militar, também foi parte da base aliada do governo Lula. Após o escândalo do mensalão, o partido se afastou do PT. Atualmente, o partido se divide entre votações a favor e contra os interesses da presidência.
O Partido Republicano Brasileiro (PRB), atual Republicanos, foi aliado do governo Lula. Após o escândalo do mensalão e mudanças internas, o partido se afastou do PT. Atualmente, o Republicanos tem em seus quadros nomes que são mais próximos do de Jair Bolsonaro, entre eles o de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.

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