A dúvida sobre se o Brasil pode ser excluído do Swift, sistema mundial de operações bancárias, ganhou força em grupos políticos nos últimos dias, após rumores de que o governo de Donald Trump poderia aplicar novas medidas diretas contra o país.
No entanto, na última quinta-feira (14), representantes do sistema confirmaram em reunião com o Ministério da Fazenda, em Brasília, que uma eventual sanção não pode ser decidida de forma unilateral pelos Estados Unidos. Nenhum país integrado ao Swift tem essa autonomia.
Segundo Hayden Allan, chefe global de assuntos corporativos do Swift, o sistema é sediado na Bélgica e segue o marco legal europeu, e não às decisões dos EUA. Ou seja, qualquer exclusão de bancos brasileiros dependeria de uma decisão conjunta da União Europeia (UE), e não apenas da vontade de um governo específico. Esse modelo já foi aplicado em 2022, quando bancos russos foram desconectados após a invasão da Ucrânia.
REDE
O Swift (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) é a principal rede de comunicação entre bancos para transações financeiras internacionais. Atualmente, o sistema conecta 11.500 instituições bancárias em mais de 200 países.
Na prática, ele funciona como um “WhatsApp dos bancos”, transmitindo mensagens seguras sobre transferências, pagamentos e operações financeiras.
O sistema não é exclusivo para o dólar, já que as transações podem ser feitas em qualquer moeda acordada entre as instituições.

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