Para 49% dos brasileiros, a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é "injusta", segundo aponta pesquisa Genial/Quaest sobre a aprovação e desaprovação da medida, divulgada nesta segunda-feira (25).
Ao mesmo tempo, 39% dos entrevistados acreditam que a punição do governo dos Estados Unidos ao magistrado é "justa". Outros 12% não souberam ou não responderam acerca do tema.
Conforme a pesquisa, entre os bolsonaristas, o apoio à decisão de Trump contra Moraes encontra maior aprovação: 75% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) dizem que a aplicação da lei é justa (contra 18% que avaliam ser injusta). Entre os eleitores de Lula, a opinião é inversa: 17% consideram a decisão justa e 72% dizem que ela é injusta.
Foram ouvidas 2.004 pessoas entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Já o nível de confiança é de 95%.
SANÇÕES
Essa legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país. Ele morreu em uma prisão de Moscou, em 2009.
Aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, a lei prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada nos EUA.
Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis pela morte do advogado. Porém, em 2016, uma emenda ampliou seu alcance, permitindo que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou abusos contra os direitos humanos pudesse ser incluída na lista de sanções.

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