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Quarta-feira, 29 de Outubro de 2025
PIPOQUEIRO E SORVETEIRO NÃO ESTAVAM TRABALHANDO QUANDO FORAM PRESOS EM FRENTE AO QG DO EXÉRCITO

Política
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PIPOQUEIRO E SORVETEIRO NÃO ESTAVAM TRABALHANDO QUANDO FORAM PRESOS EM FRENTE AO QG DO EXÉRCITO

‘Estadão Verifica’ desmente desinformação sobre homens condenados por envolvimento nos ataques de 8 de janeiro em Brasília

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Estão circulando nas redes sociais posts questionando se “pipoca e sorvete são armas de golpe”. Essas publicações se referem a dois homens que foram condenados por atos golpistas e citados por Jair Bolsonaro, no último domingo (6), em São Paulo, em ato pró-anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

“Olhe só o que está acontecendo no Supremo no dia de hoje. Eles já têm maioria para condenar um pipoqueiro e um sorveteiro por golpe de Estado. É inacreditável o que acontece”, afirmou Bolsonaro, que, em seguida, falou sobre o caso em inglês.

O sorveteiro e o pipoqueiro são, respectivamente, Otoniel Francisco da Cruz, de 45 anos, e Carlos Antônio Eifler, de 55. Eles foram condenados pelo STF, em 4 de abril, a um ano de reclusão por associação criminosa. 

A pena privativa de liberdade foi substituída pela restrição de direitos, e eles terão que prestar 225 horas de serviços à comunidade ou a entidades públicas e participar presencialmente do curso Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado, com 12 horas de duração, além do pagamento de multa (caso tenham condições financeiras).

Eles também não podem sair da comarca em que vivem nem usar redes sociais até o cumprimento total da pena, conforme informação do Estadão Verifica, serviço de checagem do jornal O Estado de S. Paulo.

CONDENADOS NEGAM

Os dois condenados negam ter participado dos ataques na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023.

Cruz, que mora em Porto Seguro, na Bahia, disse ter chegado a Brasília na noite de 8 de janeiro, quando os ataques na Praça dos Três Poderes já teriam ocorrido, e que ficou em um acampamento em frente ao quartel do Exército. Contou não ter pago o deslocamento nem a comida e a bebida que recebeu no acampamento. E que não sabia quem havia pago pela viagem.

Eifler vive em Lajeado, no Rio Grande do Sul e relatou à Justiça ter ido à capital federal ao ser convidado para participar de um “abraço simbólico” na Esplanada dos Ministérios. Disse ainda que houve problemas no trajeto, fazendo com que ele só chegasse ao destino à tarde e se dirigisse diretamente ao acampamento em frente ao QG do Exército.

O “sorveteiro” e o “pipoqueiro” foram presos em 9 de janeiro, no acampamento. Diferentemente do que afirma um dos posts virais que circulam nas redes sociais, eles não estavam trabalhando – nem vendendo sorvete nem pipoca.

DESINFORMAÇÃO

Segundo a Procuradoria-Geral da República, que denunciou os dois, mesmo que eles possam não ter participado dos atos de vandalismo, “o acampamento passou a se constituir como ponto de encontro para uma associação estável e permanente, que ali se estabeleceu e permaneceu inclusive durante a prática dos atos de vandalismo e protestos antidemocráticos consumados no dia 8 de janeiro de 2023, com a invasão das sedes dos Três Poderes”.

Posts afirmando que eles teriam sido condenados porque estariam apenas trabalhando são mais um dos conteúdos postados na internet causando desinformação sobre as penas aplicadas aos envolvidos nos atos golpistas. 

FONTE/CRÉDITOS: O Estado de São Paulo/Estadão Verifica
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Reprodução/Net
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