De cima do trio elétrico no qual discursou para milhares de apoiadores no último domingo (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) endossou o coro por um pedido de anistia aos apoiadores que foram denunciados pela Justiça após os ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
A ideia de ‘passar uma borracha no passado’ e buscar uma ‘pacificação’, em meio às várias investigações que podem levar Bolsonaro à cadeia, já vem sendo defendida desde o ano passado no Senado Federal, através de um Projeto de Lei (PL) apresentado pelo ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Mas nem mesmo o recente apelo de Bolsonaro tem sido capaz de mobilizar o avanço da pauta na Casa.
O projeto de Mourão foi tratado na última reunião de líderes do Senado e a avaliação foi de que a proposta ainda não estaria ‘madura’ para ser discutida. Ou seja, os senadores ainda consideram como precipitada a ideia de conceder um perdão para investigados que sequer tiveram o julgamento concluído.
Entre os membros da oposição, há um consenso de que crimes cometidos pelos apoiadores do ex-presidente e demais investigados na esteira da operação Tempus Veritatis – que apura o alardeado plano golpista para que Bolsonaro permanecesse no poder após a derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022 – devam ser investigados e punidos.

Comentários: