Foram sorteados na última sexta-feira (15) os 35 jurados que poderão participar do júri do policial penal bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar Marcelo Arruda, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores de Foz do Iguaçu (PR), na festa temática de aniversário da vítima, que tinha decoração alusiva ao então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT.
O julgamento foi marcado para o próximo dia 4 de abril, após um pedido de adiamento da defesa de Guaranho em júri que ocorreria em dezembro de 2023. Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e irá a júri popular.
A partir da lista definida pelo sorteio prévio, serão selecionadas sete jurados na data do júri, que irão compor o Conselho de Sentença. Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), defesa e promotoria poderão dispensar até três jurados sorteados sem qualquer justificativa.
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O crime
Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, gritou “Aqui é Bolsonaro!”, e disparou contra Marcelo, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.
Imagens de uma câmera de segurança mostram que a esposa de Marcelo, Pamela Silva, que é agente da Polícia Civil, tentou ajudar o marido, mas não conseguiu evitar o homicídio.
Marcelo foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022. Ele deixou quatro filhos, incluindo um bebê, que, na época do crime, tinha pouco mais de 40 dias.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em um hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde agosto daquele ano.

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