Uma conversa de WhatsApp em um grupo organizado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mostra a discussão de militares sobre a criação de uma espécie de campo de concentração para prender adversários políticos.
Segundo relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, um major teria perguntado no grupo, em novembro de 2022, sobre um "CPG", que significa 'Campos de Prisioneiros de Guerra'. “Alguém tem algum planejamento ou viu em algum momento a condução de um cpg sem aparelhos? Caso sim, chamar no privado", dizia a mensagem.
Mensagens investigadas pela Polícia Federal
O tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, que também fazia parte do grupo golpista, respondeu com "Auschwitz", em referência ao campo de concentração criado durante o regime nazista de Adolf Hitler.
"Auschwitz é o nome do mais mortal e famoso campo de concentração nazista onde foram assassinadas um milhão de pessoas (a grande maioria formada por cidadãos judeus)", diz o relatório da PF.
O grupo de WhatsApp, intitulado “Dosssss!!!”, era formado por militares “kids pretos” que, segundo a PF, tramaram a prisão e o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
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