A Justiça do Paraná adiou para 2 de maio o julgamento do ex-agente penitenciário federal Jorge Guaranho. Ele está preso preventivamente e vai a júri popular pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, em julho de 2022.
Jorge Guaranho e Marcelo Arruda: réu e vítima do crime
O júri estava previsto para começar nesta quinta-feira (4), no Fórum da Comarca de Foz do Iguaçu, mas foi suspenso a pedido da defesa. Após 50 minutos do início do julgamento, os novos advogados do réu alegaram que não tiveram tempo hábil para analisar o processo e conversar com o cliente. Em seguida, eles abandonaram o plenário.
É a segunda vez que o julgamento, inicialmente previsto para 7 de dezembro de 2023, foi adiado. A decisão foi tomada pelo juiz Hugo Michelini Júnior, presidente do Tribunal do Júri, à revelia do Ministério Público.
MOTIVO TORPE
Jorge Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Paraná. O órgão afirma que o crime foi motivado por "preferências político-partidárias antagônicas", o que foi considerado "motivo torpe". Ele pode pegar até 30 anos de prisão.
O crime, considerado um dos casos mais emblemáticos de violência política nas eleições de 2022, aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos do petista em um clube de Foz do Iguaçu.
Testemunhas relataram que o policial penal invadiu a celebração e matou o guarda a tiros na frente de familiares e convidados, fato confirmado por imagens de vídeos postadas nas redes sociais. O aniversário tinha temática do PT e, segundo o vigilante do local, Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro" antes de atirar.

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