O ex-senador e ex-presidente Fernando Collor foi preso, de forma discreta e sem alarde, na madrugada desta sexta-feira (25), às 4h21, no aeroporto de Maceió, capital de Alagoas, quando se preparava para embarcar com destino a Brasília. Segundo seus advogados, ele iria se entregar à Justiça.
A detenção de Collor, que foi condenado em 2023, ocorreu horas após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitar os recursos apresentados pela defesa contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, em um desdobramento da operação Lava Jato.
O caso envolve o ex-senador e outros dois réus: os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. O primeiro é apontado na denúncia como administrador de empresas de Collor; o segundo seria o operador particular do ex-parlamentar.
A propina, estimada em R$ 20 milhões, seria para viabilizar irregularmente contratos da antiga estatal BR Distribuidora, privatizada no governo Bolsonaro, com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.
Collor, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Maceió, foi condenado em processo com trânsito em julgado, ou seja, a decisão se tornou definitiva e não cabe mais recurso.
A pedido do próprio Moraes, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão no plenário virtual da Corte para esta sexta-feira (25) a fim de que os ministros analisem a decisão. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor.
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