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Sabado, 22 de Marco de 2025
PF RESGATA TRABALHADORES EM CONDIÇÕES ANÁLOGAS A ESCRAVIDÃO NO ALTO PARANAÍBA

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PF RESGATA TRABALHADORES EM CONDIÇÕES ANÁLOGAS A ESCRAVIDÃO NO ALTO PARANAÍBA

Resgatados foram recrutados na Bahia com promessas falsas de trabalho

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Uma operação da Polícia Federal (PF) resgatou 16 trabalhadores mantidos em situação análoga à escravidão na cultura do café entre os municípios de Santa Rosa da Serra e Campos Altos, no Alto Paranaíba. A ação foi realizada na última sexta-feira (07) e, de acordo com a PF, alguns dos trabalhadores sequer tinham acesso ao banheiro. 

“Todos eles foram recrutarmos no interior da Bahia e vieram com falsas promessas de trabalho. Tiveram que pagar suas próprias passagens para vir. Foram alojados em locais sem a menor condição de habitabilidade. Três das quatro edificações sequer tinham vaso sanitário em condição de uso, e eles tinham que usar o mato para fazer suas necessidades fisiológicas. Um dos alojamentos não tinha chuveiro, e os trabalhadores tinham que tomar banho de caneca”, descreve o auditor-fiscal do Trabalho Humberto Camasmie, que acompanhou a ação, iniciada a partir de denúncias.

Local sem condição de habitabilidade

Imagens compartilhadas pelas autoridades mostram o casebre onde os trabalhadores foram encontrados. As fotos exibem paredes sujas e um armário improvisado sobre pneus, por exemplo. 

Crime e infrações

A investigação também apurou que os valores do combustível utilizado nas máquinas de trabalho dos funcionários eram descontados dos salários, o que é ilegal. A água disponibilizada para eles não tinha garantia de ser potável.

Os empregadores estão sendo investigados pelo crime de redução à condição análoga à escravidão e outras infrações trabalhistas. Os trabalhadores receberam R$ 90 mil em verbas salariais e rescisórias após ser libertados. 

Além da verba rescisória, os trabalhadores têm direito a três parcelas de seguro desemprego. Seu retorno para casa foi garantido pelas autoridades, e eles podem, ainda, receber uma indenização por danos morais individuais, negociada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

FONTE/CRÉDITOS: Ministério do Trabalho e Emprego/MPE
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Divulgação/MPT
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