O adolescente de 16 anos que confessou ter matado o pai, a mãe e a irmã adotivos no fim de semana, na Zona Oeste de São Paulo, falou sobre o crime em depoimento à Polícia Civil com “tranquilidade”, demonstrando frieza, e se surpreendeu ao saber que ficaria apreendido. Ele está internado na Fundação Casa.
Na sexta-feira (17), o adolescente matou a tiros o pai e depois a irmã. Na sequência, ele relatou ter ido até a academia, que costumava frequentar com o pai. Depois de malhar, o jovem retornou para casa e esperou a mãe chegar. Após ela ver o marido e a filha mortos, o adolescente também atirou nela. No dia seguinte, ele ainda golpeou o corpo da mãe com uma faca. Na noite de domingo (19), ele ligou para a Polícia Militar (PM) para se entregar.
“Vamos ter que aprofundar a razão pela qual o eixo central da ira dele foi voltado pra mãe. É muito cedo pra gente cravar alguma situação específica com relação ao garoto, vamos buscar mais informações”, afirmou Roberto Afonso, delegado do caso.
A arma utilizada no crime era do pai, que trabalhava como Guarda Municipal, em Jundiaí (SP). Antes de fazer os disparos para matar a família, o garoto testou a arma em um colchão. Ele disse que sabia onde ficava o armamento do pai. Até o momento, o adolescente alegou que cometeu o crime porque teve o celular e o computador retirados pelos pais, que o teriam chamado de “vagabundo”.
Segundo o delegado, a polícia aguarda a perícia dos aparelhos telefônicos do garoto e das vítimas, além do computador dele. Um dos objetivos é identificar se o crime teve a participação de terceiros. A polícia também tenta saber se o garoto manteve contato com alguém durante o fim de semana.
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